
O marketing digital em 2025 está mais competitivo do que nunca. A atenção do público está cada vez mais disputada, os custos por clique aumentaram em várias indústrias, e os algoritmos estão mais inteligentes — e exigentes. Neste cenário, fazer anúncios eficazes no Facebook e Instagram exige mais do que simplesmente colocar um orçamento, escolher um público e subir uma imagem bonita.
Neste artigo, vamos explorar de forma clara o que realmente funciona hoje ao anunciar nessas plataformas. Vamos abordar desde o comportamento atual do usuário, passando pelos formatos de anúncio com maior retorno, até as estratégias criativas e de segmentação que têm gerado resultados concretos.
A realidade de hoje: anúncios mais caros, mas também mais inteligentes
Desde a pandemia e a aceleração digital, muitas marcas, influenciadores e negócios locais migraram para o digital. Isso fez com que o leilão de anúncios do Facebook (Meta Ads) se tornasse mais competitivo.
Em 2025, os custos por clique (CPC) e custos por mil impressões (CPM) continuam a subir, especialmente em nichos como e-commerce, educação, finanças e saúde. Mas isso não significa que anunciar se tornou inviável — significa apenas que é preciso anunciar com mais estratégia.
O que mudou no comportamento do usuário
O usuário em 2025 está mais atento a anúncios. Já viu todos os truques: escassez falsa, promessas exageradas, vídeos com música de fundo emotiva e depoimentos forçados. Isso criou uma espécie de “resistência publicitária”, o que exige que os anúncios sejam mais reais, mais úteis e mais objetivos.
Outro fator importante: os usuários estão cada vez mais consumindo conteúdos verticais e rápidos. O tempo médio de atenção por criativo caiu. Hoje, se o anúncio não capturar o interesse nos primeiros 3 segundos, ele será ignorado.
O que está a funcionar em 2025: estratégia e execução
1. Criativos nativos e não-polidos
Anúncios com cara de conteúdo orgânico continuam a ser os que mais performam. Isso significa usar vídeos gravados no próprio telemóvel, sem muita edição, com linguagem direta, e sem aquele ar “profissional demais”.
A autenticidade tem vendido mais do que a produção. Um vídeo selfie de um cliente real dizendo “comprei isso e funcionou assim…” vale mais que um spot publicitário de 30 segundos.
2. Segmentação menos rígida
A Meta vem priorizando os algoritmos baseados em machine learning, e está a recomendar o uso de públicos amplos. Em vez de segmentar excessivamente por interesses, a performance está a melhorar com públicos abertos e dados próprios (lookalikes, listas de clientes, engajamento recente).
Quanto mais “liberdade” o algoritmo tiver para otimizar a entrega, melhores têm sido os resultados.
3. Estratégia de múltiplos criativos por campanha
Ao invés de criar um único anúncio, os anunciantes de melhor desempenho estão a usar variações do mesmo anúncio (com frases diferentes, thumbnails diferentes, vídeos diferentes) dentro da mesma campanha.
Isso permite que o algoritmo teste e escolha o criativo com melhor performance com base em dados reais.
4. Objetivos de campanha bem definidos
Campanhas de alcance e tráfego continuam importantes para aquecer públicos. Mas os melhores resultados em conversão estão a vir de campanhas com objetivo de conversão direta (ex: vendas, leads) e com eventos bem configurados no Pixel.
Em 2025, não há espaço para amadorismo na configuração de eventos e métricas. Quem quer retorno, precisa de rastreamento e medição afiada.
5. Uso estratégico de Reels e Stories
Os Reels e Stories têm dominado o tempo de consumo dos utilizadores no Facebook e Instagram. Os anúncios que se encaixam nesse formato têm CTR (taxa de cliques) e conversão mais altas do que os anúncios no feed tradicional.
A dica: adapta o anúncio ao estilo vertical, dinâmico e direto. Começa com um gancho forte, fala logo do benefício e chama para a ação.

Exemplo prático de campanha de sucesso
Vamos imaginar um infoprodutor angolano que quer vender um curso de educação financeira. Em vez de criar um anúncio genérico com o texto “Aprenda a cuidar melhor do seu dinheiro”, ele cria três vídeos curtos:
- Vídeo 1: uma selfie dizendo — “Eu gastava tudo que ganhava. Hoje, consigo poupar 30% do meu salário. Sabe o que mudei?”
- Vídeo 2: um carrossel mostrando erros financeiros comuns (sem gritar “compre já”).
- Vídeo 3: depoimento de um aluno do curso, falando dos resultados.
Ele sobe esses três vídeos numa campanha de conversão, com público semelhante ao da lista de emails e visitantes do site. O resultado? Um custo por lead três vezes menor do que nas campanhas anteriores.
Erros comuns em 2025 que ainda estão a ser cometidos
- Anúncios com foco em vender diretamente para públicos frios.
- Segmentação extremamente limitada que trava o algoritmo.
- Criativos iguais a todos os outros, sem diferenciação nem autenticidade.
- Não configurar o Pixel corretamente ou não usar eventos personalizados.
- Ignorar o pós-clique (a página de destino é lenta, confusa ou genérica).
Como te preparares para fazer anúncios mais lucrativos
- Domina os princípios da comunicação direta. Estuda copywriting e storytelling aplicados ao digital.
- Cria uma biblioteca de criativos. Reutiliza, testa e otimiza com base em dados.
- Investe em dados próprios. Constrói listas, melhora o Pixel, recolhe dados.
- Estuda métricas além do “gostei e partilhas”. CPA, CTR, ROAS e valor por lead são os teus aliados.
- Acompanha as mudanças da Meta Ads Library e observa o que os grandes players estão a fazer.
Conclusão
Anunciar no Facebook e Instagram em 2025 ainda é uma das formas mais poderosas de crescer um negócio. Mas não há mais espaço para anúncios genéricos e estratégias aleatórias. Quem domina a arte de combinar mensagem, público, criativo e objetivo está a colher frutos — mesmo com os custos mais altos.
A fórmula não é mágica, mas é simples: entende o teu público, fala com ele com clareza, e oferece algo de valor real. O resto é otimização.